Ernest Hemingway em aforismos.
“‘ Mas o homem não foi feito
para a derrota, disse em voz alta. Um homem pode ser destruído, mas nunca
derrotado.’” Santiago, O Velho e o Mar.
“Indo aonde se deve ir, fazendo
o que se tem de fazer, observando o que há para observar, qualquer um encontra
e identifica material e instrumental para escrever uma história. Quanto a mim,
prefiro trabalhá-las e poli-las bastante, prefiro ter de colocá-las, por assim
dizer, numa espécie de bigorna, martelá-las até forjá-las a contento, ou mesmo
apenas moldá-las numa pedra já formatada, e assim saber que tenho algo sobre o
que escrever: prefiro isso a ter aquele material claro e brilhante, já pronto,
e não ter nada a dizer, ou então tê-lo limpo e bem lubrificado, guardado no
armário, mas fora de uso.
Então faz-se sempre necessário utilizar
a bigorna.”
“‘ As aves tem uma vida mais
dura do que a nossa, excetuando as aves de rapina e as mais fortes. Por que
existiriam aves tão delicadas e tão frágeis, como as andorinhas-do-mar, se o
mar pode ser tão violento e cruel? O mar é generoso e belo. Mas pode tornar-se
tão cruel e tão rapidamente, que aves assim, que voam, mergulhando no mar e
caçando com as suas fracas e tristes vozes, são demasiado frágeis para o mar.’”
Santiago,
O Velho e o Mar.
“Aos que trazem coragem a este
mundo, o mundo precisa quebrá-los para conseguir eliminá-los, e é o que faz. O mundo
os quebra, a todos; no entanto, muitos deles tornam-se mais fortes, justamente
no ponto onde foram quebrados. Mas aos que não se deixam quebrar, o mundo os
mata. Mata os muito bons, os muito meigos, os muito bravos – indiferentemente. Se
vocês não estão em nenhuma dessas categorias, o mundo vai matar vocês, do mesmo
modo. Apenas não terá pressa em fazer isso.”
Adeus
às armas.
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