Dostoiévski e o "ser original".
“A falta de originalidade existe em toda parte, em todo o mundo, desde que o mundo é mundo sempre foi considerada a primeira qualidade e a melhor recomendação do homem de ação, de ação e prático, e pelo menos noventa e nove de cada cem pessoas (ao menos mesmo) sempre sustentavam essas ideias e só uma em cada cem via sempre e continua a ver a coisa de modo diferente. Os inventores e os gênios, no início da sua trajetória (e muito amiúde também no final), não eram vistos quase sempre pela sociedade senão como imbecis.” Fiódor Dostoiévski, O Idiota. “De fato, não existe nada mais deplorável do que, por exemplo, se rico, de boa família, de boa aparência, de instrução regular, não tolo, até bom, e ao mesmo tempo não ter nenhum talento, nenhuma peculiaridade, inclusive nenhuma esquisitice, nenhuma ideia própria, ser terminantemente ‘como todo mundo’ (...) No mundo existe uma infinidade extraordinária de pessoas assim e até bem mais do que parece; como todas as pessoas, elas