A Saga de Guilherme, o Príncipe Negro. Parte V
Na Terra dos Gigantes de Gelo É dito que Guilherme, o rei melancólico, partiu até o ermo leste. Vagou por tavernas lúgubres, encontrou e enfrentou bravamente bandos de salteadores na estrada. Atravessou rios de correntezas rápidas e mortais. Conheceu senhorios distantes do seu domínio. Oculto por debaixo do seu manto marrom e puído, ele andou como um cavaleiro monge, relembrando os seus tempos na Ordem dos Clérigos da Espada, sempre cavalgando o seu cavalo Spartacus por terras inóspitas, sempre marchando obstinadamente rumo ao seu destino: resgatar a princesa aprisionada na Terra dos Gigantes de Gelo. Então, quando já havia chegado as imediações do gélido território dos gigantes, o cavaleiro monge tirou o seu manto que ocultava sua identidade, e continuou a cavalgar. Para trás, junto com a capa, ele tinha deixado o seu anonimato. Agora, ao combate seu espírito se voltava fervorosamente para o imenso deserto de neve que se projetava na sua frente, estendendo tempestade