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Mostrando postagens de janeiro, 2016

Érico Veríssimo - citação.

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“A vida, prezado leitor, é uma sucessão de acontecimentos monótonos, repetitivos e sem imprevisto. Por isso alguns homens de imaginação foram obrigados a inventar o romance” Caminhos cruzados, de Érico Veríssimo .

A caçada de Beemot.

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O Sol Negro na terra dos reis cegos: o conto do jovem Beemot – relatos de tempos imemoriais. Beemot segurava fremente sua lança de madeira com ponta de pedra lascada enquanto colocava ou, ao menos, tentava colocar seu espírito naquela ação que se sucederia nos instantes subsequentes. Beemot, o jovem guerreiro do clã da Serpente Emplumada, deveria matar um chacal desgarrado de seu bando para que provasse sua maturidade diante de todos os membros do seu clã. Não obstante o furor da juventude, o ímpeto que impelia o jovem guerreiro a sua caça; Beemot temia errar a pontaria da lança, temia não conseguir cravar a ponta da lança no peito do chacal que, de modo indolente, dormia embaixo de uma árvore decrépita, exposto a uma emboscada ou qualquer outra peripécia do destino aos seres viventes. Era tarde, o sol cor púrpura derramava seus raios sobre a floresta, o que ajudava nosso jovem caçador a ficar oculto por entre as folhagens da densa floresta tropical. Então, após uma breve elucu

O prisioneiro no poço

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Era inútil o modo como aquele prisioneiro olhava para o enorme buraco sobre sua cabeça em busca de uma vã esperança. Ele estava dentro de um gigantesco poço vazio. Do alto ele via os pássaros, pensava na liberdade, lembrava que não iria sair daquele confinamento. Só lhe restava uma morte lenta, certamente iria definhar aos poucos. Aczib, era o seu nome. Fora jogado ali devido às conspirações malogradas contra o rei Booz, soberano das estepes. Um nobre, um barão sentenciado à morte no poço da desolação por crimes políticos era algo incomum. Mas agora que estava ali, apenas ouvia o barulho do canto dos pássaros ao longe. Solidão, um silêncio inquietante rompia a sua sanidade aos poucos. Aczib podia sentir que sua vida estava agora entregue ao nada. Então, pensou consigo mesmo. Os pensamentos brotavam de sua mente de modo difuso: “De tudo o que fiz na vida. Nada fez sentido...” “Mas que mania é essa de querer ver algo de grandioso em tudo que se faz?” “É que o homem é ent