Postagens

Mostrando postagens de setembro, 2014

O conto da Estrela do Oeste

Imagem
A um castelo o levarei Havia um "castelo do mar", assim era chamado pelos viajantes que o avistavam. Há muito tempo ele tinha sido construído na beira de uma falésia. Brancas eram as suas muralhas, azul escuro era o seu imenso portão de madeira. Suas torres majestosas, ao anoitecer, eram iluminadas pelo brilho febril de inúmeros archotes. Visto de longe, o Castelo na Falésia do Oeste,  era tido como o reduto de homens de bem, de cavaleiros honrados. Nesse castelo, reinava o rei Sadoc, Mestre da Casa do Cruzeiro Ocidental. Sua esposa, a bondosa rainha Helga, descendia da Casa dos Cervos do Bosque do Norte do Mundo. Um sonho Arte de John Bauer. É contado que, numa noite outonal, a rainha Helga sonhou com um grande alce andando vagarosamente por uma floresta de pinheiros. No sonho, o alce trazia uma menina de cabelos prateados e vestindo um vestido branco, montado sobre o seu lombo. A menina disse-lhe no sonho: “Do teu ventre nascerá uma luz de poder. Seu

A Cavalaria e suas origens históricas: um breve ensaio.

Imagem
Entre o Sagrado e o Profano Imagem extraída do livro "A queda de Artur", do escritor J.R.R. Tolkien. Etimologicamente, o termo cavalaria com os seus subseqüentes sentidos – entre eles, a designação de guerreiros montados a cavalo –, tem na sua origem semântica duas tradições: a tradição latina que denominava de milites os soldados, ainda sem distinção entre cavaleiros e infantes; enquanto que a tradição românica denominará de chevaliers . Com o passar do tempo, o termo milites passará por uma transformação, assumindo, no período medieval, a conotação de um ofício militar e de ordem, claramente influenciado pela cultura monacal. No entanto, somente no fim do séc. XI, o termo milites irá assumir um pleno significado. Sendo assim, nota-se que o termo não mais estará agregado aos soldados que combatem à pé (infantaria ou pedites ), revelando a  crescente supremacia e valorização da cavalaria enquanto força militar entre os séculos XI e XIV. No livro A Socied